terça-feira, 1 de abril de 2014

Faculdades universitárias x instrução autodidata

Formação acadêmica tradicional x instrução
Embora não seja por si só garantia de sucesso, um bom currículo acadêmico abre portas para um grande número de oportunidades e chances de realização profissional. Já o autodidata precisa percorrer um longo e penoso caminho até ser reconhecido pelo seu talento e pela sua cognição.
Conheço sacerdotes, médicos, psicólogos, engenheiros, administradores, mestres e doutores nas suas respectivas áreas sem que nunca tenham freqüentado os bancos de uma universidade, pelo que me consta. Também conheço mestres e doutores diplomados por universidades reconhecidas e conceituadas socialmente, com três e até quatro certificados MBAs expedidos no país e no exterior cujos conhecimentos beiram os de um aluno dos nossos cursos primários, para não exagerar muito. Conheço doutores com lustrosos e bem emoldurados diplomas que enfeitam suas salas de "auxiliares de escritório", ou de "chefes de serviços gerais", quando alcançam relativo sucesso.
Isto parece um conto de fantasia, mas infelizmente não é. Quero ilustrar, com estes exemplos, um problema crucial que temos na avaliação e na formação de profissionais e até mesmo na educação de cidadãos comuns no seio da própria família.

Por exemplo, o estudo de matérias e disciplinas desnecessárias em determinados cursos, mas incluídas em seus currículos normais, não só desmotivam o educando, mas roubam dele o direito e o tempo de estudar aquelas matérias que realmente importam para tentarem sucesso e a conseqüente realização pessoal e profissional. Refiro-me aqui a cursos superiores e de especialização, não de formação básica.
Uma coisa que sempre me questionei foi sobre o que podia e sobre o que devia estudar. Sabia que precisava aprender determinada coisa para me possibilitar fazer o que tinha em mente, mas por outro lado devia estudar outra matéria pela necessidade de obter nota para passar no curso ordinário. Talvez este questionamento tenha me levado a não terminar nenhum curso superior, embora tenha iniciado alguns com muito otimismo.
Preferi dedicar-me ao estudo, pesquisa e descobrimento daquilo que realmente me motivava, o cérebro e a mente, em detrimento do que era necessário para concluir os cursos pelo qual optara que, evidentemente, não tinham nada a ver com essa disciplina.
Fico me perguntando em que grau de evolução estaríamos hoje se pessoas como Nicolau Copérnico, René Descartes, Leonardo Da Vinci, Thomas Edison, Robert Fulton, Graham Bell, Einstein e tantas outras tivessem seguido a cartilha escolar tradicional que ensinava em suas épocas.
Claro que o diploma é importante e, muitas vezes, essencial até. Mas nada substitui o conhecimento especializado, real e efetivo, não importando a forma como possa ser adquirido. E ao contrário do que se pensa, o conhecimento não pode comprado, você precisa conquistá-lo.
O diploma você pode! Sim, pois de uma forma ou de outra, um diploma não sai de graça. Você pode pagá-lo em suaves prestações mensais durante 4 ou cinco anos ou pode adquiri-lo de uma única vez! Isto poder ser chocante, mas também é uma realidade. Ah, mas eu estudo em uma universidade pública! Tudo bem, você não paga, mas os contribuintes pagam, e como!
Com apenas o "diploma de científico", não tendo nenhum título acadêmico, nenhum diploma universitário, nenhum MBA, nenhum certificado de especialização em coisa alguma, posso garantir que conheço minha área, neurociência, bem mais que a maioria dos mestres e doutores "deste país". Presunção, prepotência? Não, apenas estudo.
Não pretendo criar um movimento de abolição do método tradicional de ensino e ou aprendizagem. Ele tem o seu valor na sociedade moderna, e como tem! Gostaria apenas de chamar a atenção da sociedade para que dessem uma ênfase ainda maior ao conteúdo e não tanta à forma. Gostaria de uma liberdade, extensiva a todas as pessoas que assim o desejassem, de poder estudar, pesquisar, aprender e ensinar livremente aquilo pelo qual sou motivado e atraído. Sem preconceitos.
Sucesso a todos!
http://www.cpt.com.br/afiliados/link/5707/2160