segunda-feira, 31 de março de 2014

Lorem Ipsum: Os extremos do bem e do mal

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Não entendeu nada? Nem eu. Aposto que você desistiu na primeira frase e veio direto para o segundo parágrafo, ou simplesmente desistiu de ler e focou sua atenção para toda a parte mais visual do nosso blog. Missão cumprida então, porque é exatamente para isso que os designers, editores e outros usam esse texto.
Na maioria das vezes para desviar sua atenção exatamente para o que eles querem, ou em outras vezes para fazer testes de layout, tipografia ou formatação, antes de ser aplicado o texto real. Acontece que o “lorem ipsum” é um texto em latim que é muito útil por possuir palavras de variados tamanhos, sinais de pontuação e, também, uma distribuição normal de letras, permitindo que vários testes sejam realizados fazendo uso do mesmo. Se você copiar parte do texto e realizar uma pesquisa com ele irá encontrar inúmeros websites ainda em construção.
A sua utilização demonstrou maior eficácia do que o simples uso de textos legíveis, pois é fato comprovado que um leitor pode facilmente se distrair pelo conteúdo legível de uma página.
O estranho é que muitas pessoas o utilizam, sem nem ao menos saber o que significa.
Não, o lorem ipsum não é um texto qualquer que alguém inventou para “encher linguiça”.
Alguns até hoje insistem em dizer que o texto não está em Latim,  apesar de parecer muito, mas que são apenas palavras que na verdade não significam nada. Não se engane com isso. O texto não só parece com Latim, mas de fato é, e foi retirado de uma famosa fonte.
Vem das seções 1.10.32 e 1.10.33 do  “De finibus bonorum et malorum” (Os extremos do bem e do mal), uma obra filosófica de Cícero, composta por 5 livros e escrita em 45 A.C.. O trecho original retirado da passagem diz:  Neque porro quisquam est qui dolorem ipsum quia dolor sit amet, consectetur, adipisci velit… (“There is no one who loves pain itself, who seeks after it and wants to have it, simply because it is pain…”). Traduzindo:  Não há ninguém que ame a dor, que a procure e que queira tê-la, simplesmente porque é dor.
Deve-se tomar cuidado pois existem muitas variações do “lorem ipsum” disponíveis, que sofreram alterações, e contém brincadeiras ou palavras soltas que não fazem sentido algum. Se for fazer uso do trecho é bom se certificar que não há nada de estranho inserido nele.

"Vamos ver o que ama ou exerça ou deseja a dor, mas porque ocasionalmente ocorrer circunstâncias em que labuta e dor pode adquirir-lhe algum prazer. Para dar um exemplo trivial, qual de nós nunca se compromete laborioso exercício físico, exceto para obter alguma vantagem com isso. E desmoralizados pelos encantos de prazer é de saudar a dor que produz nenhum prazer resultante. Tão cego pelo desejo de que não pode prever o que aqueles que não o seu dever por fraqueza de vontade, porque é o prazer. "
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