
A tetraneta do naturalista inglês Charles Darwin, Sarah Darwin,
percorreu na manhã desta sexta-feira (09/10) o mesmo caminho trilhado
pelo autor da Teoria da Evolução, em 1832, no Parque Estadual da Serra
da Tiririca, de gestão do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), órgão
executivo da Secretaria do Ambiente, e que recebeu seu nome em
homenagem. A visita foi acompanhada por uma equipe da TV holandesa VPRO,
que está produzindo um documentário sobre as viagens de Darwin pelo
mundo. Junto com a comitiva, atracou no Porto do Rio uma réplica do
navio HMS Beagle, que trouxe o pesquisador ao Brasil há 177 anos.

Os
visitantes foram guiados pela administração do parque por toda a trilha
de 2,2 quilômetros até a sede da Fazenda Itaocara, onde o naturalista
inglês fez pousada. A tetraneta de Darwin conheceu também todos os
projetos que estão em andamento na unidade de conservação, que é um dos
mais procurados roteiros turísticos do estado.
Além do projeto
dos dois pórticos que vão delimitar o Caminho, entre o bairro Engenho do
Mato, em Niterói e a localidade de Itaocara, em Maricá, Sarah Darwin
foi informada de outras melhorias que estão em andamento no parque, como
trilhas e acessos sinalizados por placas em padrão internacional, que
inclui o braile, para deficientes visuais.

Estão previstas
também a construção de passarelas e rampas para cadeirantes; a reforma
da subsede; a instalação de posto de informação aos visitantes e de um
museu. No âmbito administrativo, o parque acaba de receber uma das
equipes dos 70 guarda-parques que estão sendo integrados pelo Inea às
unidades de conservação do estado e ainda teve aprimorado do serviço de
combate a incêndios florestais.
As melhorias são parte do
convênio de cooperação técnica, mantido entre o Inea e a Universidade
Federal Fluminense (UFF), desde o início desse ano, quando tiveram
início as comemorações do bicentenário de nascimento de Darwin. Do
Brasil, Sarah Darwin e a equipe da TV holandesa seguem para Argentina e
Equador, onde também percorrerão os trajetos do naturalista inglês nos
dois países.

Não foi à toa que Charles Darwin descreveu o parque
da Serra da Tiririca em seu diário como de "uma exuberância jamais
vista". Com 2.260 hectares, o parque conserva áreas de Mata Atlântica,
restinga, mangue e banhados, além de ser refúgio de várias espécies da
fauna. O parque, cujo ponto mais elevado é o Alto Mourão, com 412 metros
de altura, atrai visitantes para atividades diversas, como caminhadas,
mergulho, escalada e rapel.